Aconteceu hoje em Porto Alegre a Feira de Boas Práticas Sustentáveis, encontro promovido pela Lojas Renner. Na abertura do dia, assistimos a duas rodadas de conversa com especialistas em Sustentabilidade e profissionais de outras áreas, já que a ideia é envolver todos na mesma causa: avançar na agenda socioambiental. Foram duas abordagens: Time to Market (um projeto da Renner), Tendências e Sustentabilidade. No segundo momento: Rastreabilidade, Circularidade e Clima, e Desenvolvimento de Fornecedores.
Além disso, 20 expositores apresentaram soluções para um “futuro preferível”, expressão usada por Ana Cecília Anselmi, Gerente Sênior de Pesquisa da Renner, que traz para o agora a autorresponsabilidade de todos do setor da moda na prospecção de um amanhã mais saudável e, quem sabe, melhor economicamente.
Eduardo Ferlauto, Gerente Geral de Sustentabilidade e Diretor Executivo do Instituto Lojas Renner, salientou a importância da comunicação de alianças, da rastreabilidade e antecipação de melhorias para um cenário próximo mais exigente não só pelo consumidor, mas pelas legislações. Tudo parte de um grande projeto coletivo de longo prazo e complexo “se fosse fácil já estávamos realizando”, completou Marcelo Akira Kano, Head de Estratégia da Renner.
Marcelo foi enfático no seu discurso afirmando que “a sustentabilidade não é mais um adendo da estratégia, ela é a estratégia! Daqui por diante, o tema está no centro do desenvolvimento de toda empresa. Não vai ser mais uma questão de usar a sustentabilidade como diferencial ou marketing. Vai ser uma questão de sobrevivência. Estamos numa indústria que é uma das que mais polui o mundo. Qual a nossa parcela de responsabilidade sobre esse impacto? Precisamos enxergar e medir isso para gerenciar ativamente. Esses são problemas globais, da humanidade, e não temos como esperar que a solução venha individualmente. O objetivo é comum. As pessoas amam a moda, então que ela seja essa indústria de mais valor e impacto positivo.”
Ana Cecília Anselmi refletiu sobre a força de novos modelos de negócio que surgem como alternativas mais sustentáveis de consumo, como a aquisição do e-commerce Repassa que vende roupas “second hand”. Serviços de reparo, aluguel de peças e produção sob demanda estão sob avaliação para serem oferecidos em escala, afinal “somos um dos maiores varejistas de moda do Brasil”. Além da logística reversa já ativa, a empresa quer aumentar sua colaboração na construção de uma cadeia circular.
Com isso, como acredita Tita Teodoro, Gerente Sênior de Projeto de Produto da Renner, o crescimento da moda pode encontrar um sentido. “Queremos estar ligados a marcas que tenham no seu ecossistema a responsabilidade. Precisamos descobrir juntos como fazer, passar por uma revisão de processos, aumentando produtividade e rentabilidade numa indústria que tenha eficiência”.
É muito trabalho pela frente, estamos nos preparando!